terça-feira, 30 de junho de 2009

Parceria público-privado na gestão penitenciária: um experiência a tentar...

Parceria público-privado na gestão penitenciária: um experiência a tentar...

Por Sebastiao Uchoa

É possível discordar de vários pontos elencados na matéria veiculada pela revista Carta Capital, tendo como título "Cadeia cinco estrelas", publicada na Edição 551, de 24/06/09, pois denotam, em tese, um série de contradições veiculadas muitas delas por quem têm apenas uma visão simplória ou literária do contexto penitenciário e sua relação com o poder público responsável pela área, embora respeite os estudos existentes.

Até salutar a colocação da diretora-executiva do Instituto Latino-Americano das Nações Unidas para a Prevenção do Delito e Tratamento do Delinqüente- Ilanud, Paula Miraglia, porém dentro de uma perspectiva eminentemente de cunho ideológica e irreal ou até mesmo vinculada a uma posição passional do contexto. Pois, numa versão real e promissora para fins de uma mudança no modelo de se fazer verdadeiramente gestão penitenciária no país, deve-se começar, a meu ver, em ser tratada uma gestão prisional como verdadeiro “investimento”, sim, cujo produto seja uma verdadeira fábrica de ressocialização de presos ou apenados entregues hoje à míngua de uma gestão pública falaciosa, utilitarista, instrumental e profundamente comprometida sob diversos ramos da atividade penitenciária levada a efeito devastador na completa subjugação da pessoa humana praticados pelos mais diversos estados da federação brasileira. É só verificar o relatório da “CPI dos Encarcerados” para se asseverar essa assertiva.

O mundo interno-penitenciário requer compromissos com mais presença de arquétipos profissionais voltados para projetos de recuperação dos criminosos (ainda que seja uma também ideologia jurídica esse conceito) a presença do conceito estrito na acepção política de “Estado”, sobretudo “Estado-policial” ali dentro, ainda que aquele passe a ser um garantidor das responsabilidades decorrentes numa hipótese de terceirização dos serviços de gestão penitenciária como um todo.

Parece-me que o modelo de Estado-mínimo na seara penitenciária, trará mais resultados satisfatórios à sociedade no trato para com seus cidadãos delinqüentes.

Vejo ainda como uma visão deturpada ou contraditória da própria Pastoral Carcerária ao adentrar na redundância do preconceito que se tem dado a questão da famosa Parceria Público-Privada, quando a situação carcerária brasileira seja de uma caoticidade extremada no que tange a uma histórica violação dos Direitos Humanos na completa ausência de Política Pública Penitenciária no Brasil. Ainda que alguns estados federativos tentem implantá-la, mas as resistências culturais internas e externas são de tamanhas expressões: greves de alguns servidores penitenciários preconceituosos e inconscientes de suas funções sociais à luz da atividade estatal a que estão vinculados, despreparados e reforçados pelas péssimas condições de trabalho em todos os sentidos, refletindo em maus tratos aos apenados e aos seus familiares em geral, condições físicas e humanas precárias em todos os níveis, péssimos salários e crises de identidades funcionais, são as expressões causais maiores e entraves não tão fáceis de serem resolvidos como muitos “pensadores” cogitam ou levantam discussões, já que envolvem diversas complexidades para uma resolução definitiva do quadro.

Assim, vejo com louvor e respeito as ousadias por que estão fazendo os governos dos estados de Minas Gerais e de Pernambuco ao tentarem resolver em curto espaço de tempo, o histórico e colaborador do fortíssimo grau de reincidência criminal no pais (as precárias condições de seus respectivos Sistemas Penitenciários), cujas conseqüências nefastas quem paga reiteradamente é a sociedade diante da vertiginosa violência urbana criminal que, dentre as outras contundas causas, encontramos a falência do atual modelo de se fazer gestão penitenciária no Brasil.
Por conseguinte, tentar outra via, pelo menos nos dará uma opção de escolha no por vir tão próximo, respeitando-se, obviamente os direitos adquiridos de todos os atores envolvidos com a causa, sobretudo no total aproveitamento dos atuais ocupantes dos cargos de segurança prisional no simples procedimento de um possível reaproveitamento dentro dos quadros das Policias Civis nesse país afora.
Sebastião Uchoa – Delegado de Polícia Civil do Maranhão, Ex-diretor de diversos presídios e penitenciárias nos estados de Pernambuco e Maranhão – São Luis/Maranhão, E-mail: uchoa39@yahoo.com.br

Cuidado: pode haver psicopata no caminho...

Cuidado: pode haver psicopata no caminho...

Por Sebastiao Uchoa

Aprendi com meu pai que um ser humano nunca deve se curvar perante outro ser. Devem se respeitar mutuamente, mas sem subserviência, subjugação ou qualquer forma de sujeição passiva, mesmo que esteja diante de interesses materiais ou imateriais vinculando-os direta ou indiretamente.

Nenhum ser na Terra é eterno, muito menos quando se tratam de posições sociais que são tão sazonais ou efêmeras e, quando ausente equilíbrio pessoal, distante de uma relação outrora tida, pode causar até distúrbios ou descompensações psíquicas, principalmente quando o apego é de extrema patologia endógena. Daí o grande segredo de evitar-se por excelência o apego ou apreensões incomensuráveis.

Recentemente tive a oportunidade de concluir a leitura do livro “Mentes Perigosas, o psicopata mora ao lado” da psiquiatra Ana Beatriz Barbosa Silva. Meu Deus, quanta irracionalidade humana carregamos dentro de nós e aqui acolá são reveladas por condutas profundamente comprometedoras para um bom convívio social. E o pior, indivíduos com caracteres de um psicopata, não é difícil de identificá-lo em nosso seio, seja lá familiar, nas organizações públicas ou privadas, religiosas, políticas etc.

O mais comum e importante diante de um contexto em que tenha figura humana com esse distúrbio, é termos a certeza de nos blindarmos evitando aproximação e posturas atrativas muito usadas por eles, através de um aproveitamento de uma fraqueza sincera nossa relacionada com sensibilidade, compaixão e solidariedade, típicas de um homem que tenha em seu ser, o elemento emoção com parte integrante da vida. O que, infelizmente esse ponto é completamente inexistente na pessoa portadora de uma psicopatia revelada.

Às vezes costumamos atribuir adjetivos a determinadas condutas humanas baseado em nível do senso comum. Daí o grande perigo pela rotulagem pertinente e aos poucos assimilamos as coisas como se fossem eminentemente normais, já que são tidas como “coisas de humanos mesmo”. Puro engano,na alçada dessa seara que o oportunista de plantão cria mitos e mitos sobre ele a fim de estabelecer relações de dependências ou mesmo subjugações, onde outro fim não busca senão em ficar eternamente “por cima da carne seca”, principalmente para se manter em impérios de dominação constante e aliciamento eterno aos seus interesses, pois a grande evidência disso tudo, trata-se de um egoísmo tão nocivo ao interesse social que sequer um portador do mencionado distúrbio, tem a sensibilidade da tamanha maldade por que comete diante de suas loucuras externadas ( espalha inimizades, cria situações em que se apresenta como salvador da pátria etc).

E o pior, tudo dentro de um cenário doentemente planejado, arquitetado, embora inteligentemente esconda seus interesses para que “olhos investigativos mais aguçados” não possam enxergar e colocar mencionado alienado mental em seu devido lugar. Mas nada fica em pé por muito tempo, principalmente quando o adágio “o mal por si se destrói” faz-se presente no por vir por relação de conseqüência decorrente.

O líder negro norte-americano Martin Luter King certa feita colocou que “não se deve chegar aos meios morais utilizando-se dos meios imorais”. Essa assertiva é verdadeira e me parece eterna para o bom uso dos portadores de psicopatia em suas ações. Porém, em contrapartida temos a proposição bíblica que diz “...que não cai um folha que Ele não saiba...”, ou seja, somos inteligentes para fazer o mal, mas esquecemos que fazemos o mal a nós mesmos e muitas vezes por pura ignorância ou por inconsciência oriunda de distúrbio latentes de personalidade ou psiquiátrico mesmo.

É só questão de perspectiva ou percepção múltipla para se entender melhor esse nível de raciocínio, pois não podemos esquecer que estamos no dia a dia extremamente vulneráveis no que tange ao encontro ou reencontro com pessoas de nível desviante conforme descrição acima, sobretudo dentro de um mundo frenético social que muito mascara a sensibilidade subjetiva em detrimento da objetiva e nos reduz a mera peça de reposição para interesses alheios. Notadamente, dos manipuladores sociais de plantão.

A escritora Lya Luft no artigo publicado em Veja, na Edição de 20 de maio de 2009, sob o título “A sordidez humana”, bem colocou acerca dessa face obscura (embora não assevere tecnicamente essa identificação desviante) do ser humano dizendo “que lado nosso é esse, feliz diante da desgraça alheia? Quem é esse em nós, que ri quando o outro cai na calçada?” e arrematando suas conclusões nos coloca que “a sordidez e a morte cochilam em nós”, e “ninguém me diga que somos bonzinhos, e só por acaso lançamos o tiro fatal, feito de aço ou expresso em palavras. Ele nasce desse traço de perversão e sordidez que anima o porco, violento ou covarde hospedado aqui acolá em nosso ser, e faz chorar o anjo também existente dentro de nós”, pois não deixemos para que nosso algoz disfarçado de bonzinho, solidário, amigo e confidente saiba ou visualize nossa sensibilidade, compaixão e humildade, pois na certa estaremos na garra ou na condição de mais “um” na história nefasta desse ser insensível chamado psicopata em sua fúria instintiva e sem limites, nas aventuras de sua ambição na busca incessante de seus prazeres doentis, geralmente vinculados a uma relação de poder para simplesmente ter o prazer de dominar unilateral e patologicamente querer mandar.

Assim, todo cuidado é pouco e um alerta da psiquiatra Ana Beatriz: "Não negocie com o mal. Jamais concorde, seja por pena, chantagem ou por qualquer outro motivo, em ajudar um psicopata a ocultar o seu verdadeiro caráter". Por conseguinte, você estará perpetuando que o mal não se destrua por si só, mas se fortaleça e se perpetue no seio social promovendo uma série de inocentes vítimas em sua caminhada na Terra.
Sebastião Uchoa – Delegado de Policia Civil no Maranhão, membro da Diretoria Executiva da ADEPOL/MA e atual Diretor Geral da Academia Integrada de Segurança Pública - SSP/MA.

quinta-feira, 25 de junho de 2009

“A sociedade dos poetas mortos” na Segurança Pública do país



“A sociedade dos poetas mortos” na Segurança Pública do país

Por Sebastiao Uchoa

É mais do que evidente a crise por que passa o Sistema de Segurança Pública do país, mais precisamente levado a efeitos dentro das organizações Polícias Militares, Civis, Federais (a Judiciária e Rodoviária Federal) e dos próprios Corpos de Bombeiros Militares em quase todos os estados da Federação brasileira, pois vemos situações de conflitos de competências, confrontos em razão da várias crises existenciais associado as disparidades salariais, desestruturas materiais, humanas e profunda inversão de valores para com as missões por que desempenham cada mencionado órgão, já que originariamente, encontramos diversas motivações históricas incrustadas em suas criações que terminaram perdendo ou prestes a perderem suas identidades diante da complexidade da demanda revelada na violência criminal em detrimento da paz social nesse imenso território de vulnerabilidade social que é o Brasil de hoje.

Pode-se até mesmo aproveitar e adaptar o conceito da teoria sociológica da “anomia” (ausência da eficácia das normas) para bem definir sociológica e ontologicamente o fenômeno que vem acontecendo nos modelos de gestões praticados pelos órgãos em apreço, onde, facilmente poderemos ter de nos socorrer, também, do conceito técnico de Administração denominado “entropia” (falência múltiplas dos sub- órgãos que compõem uma grande organização), para bem caracterizarmos realistamente o “belo” quadro social-orgânico das polícias, vindo à tona diante da imensa caoticidade que vem sobrevivendo a sociedade brasileira nesses últimos vinte anos para com o enfrentamento da criminalidade urbana, assim como mantê-la sob patamares toleráveis para um bom e seguro convívio dentro de uma sociedade que se diz “politicamente organizada”.

Não é difícil enumerar as questões básicas que fazem qualquer intérprete conhecedor da matéria em admiti-las como sendo premissas verdadeiras e de extrema preocupação para quem queira efetivamente praticar gestão pública no seio das organizações policiais brasileiras, onde, tomando como base o pensamento de Max Weber que “a burocracia moderna não é apenas uma forma avançada de organização administrativa, mediante método racional e científico, mas também uma forma de dominação legítima”, ou seja, dar-se uma valoração absoluta à questão da racionalidade instrumental buscando relações de dominações e auto-afirmações nas relações pendentes (hierarquias verticalizadas, por exemplo), e se esquecem que além do racional, há inúmeros fatores imateriais de ordens subjetivos que não podem sofrer abstenções, sob pena de ficarmos numa eterna “roda viva”, sobretudo em repetições dos erros do passado no presente, cuja pagadora reiterada desses descasos corporativos alienados, será mais uma vez a sociedade que nos assiste sem ser assistida por todos nós que compomos o Sistema de Segurança Pública do país, que pesem os esforços localizados de algumas heróicas administrações ainda sobreviventes ou de ações pontuadas dentro dos segmentos policiais aqui acolá existentes.

Foi preocupado com esse “estado de coisa” que o estado de Minas Gerais resolveu compor equipe de especialista a fim de apresentar propostas concretas que viessem viabilizar inovações e romper com os paradigmas do passado, principalmente que apontassem de forma contunda elementos subjetivos e objetivos convencedores para uma decisão política diante do caos por que vinham ou ainda vem passando as polícias daquele estado. De forma que colocaram em discussão oito pontos vistos como estranguladores a mudanças organizacionais, quais sejam: “a) existência no meio da organização policial de uma internacionalização das regras e exageros dos regulamentos (muito presente nas casernas e quase ausentes nas forças policiais civis); b) excesso de formalismo e papelismo; c) resistência às mudanças; d) despersonalização do relacionamento; e) categorização como base do processo decisório; f) superconformidade às rotinas e procedimentos; g) necessidade de exibição de sinais de autoridade e h) uma dificuldade no atendimento aos clientes e conflitos públicos”.

O conveniente das discussões acima é que resultou na elaboração de várias proposições, inclusive utilizando como “canal de libertação”, o indispensável fortalecimento do instrumento de renovação cultural dentro das organizações em geral: processo contínuo de capacitação funcional através dos centros de ensino policiais estatais ou privados, desde que estes tenham históricos de pesquisa e ensino sobre questões voltadas à segurança do cidadão em todas vertentes de presença estatal e configurem como elementos centrais de disseminações de conhecimentos que possam deflagrar saídas concretas para a letargia estatal diante dos modelos de gestões estudados e ainda em curso no país. É preciso humildade para aceitar a crescer internamente e externamente, isto é, que nos abramos a uma visão sistêmica dos problemas que afligem a todos.

Interessante que não é difícil encontrarmos os itens acima em quase todas as organizações policiais brasileira, daí a necessidade de se repensá-las urgentemente tornar-se coisa inquestionável, levando em consideração fatores históricos, administrativos, sociais e como expressão de Política Pública devidamente institucionalizada como questão de Estado, primordialmente para que não se fiquem, mencionados órgãos, reféns de situações passageiras perante a execução de suas atividades, ou seja, que haja estímulo, paixão, amor a causa, envolvimento, compromisso e respeito à coisa pública que é a prestação de serviços de segurança à população da maneira mais protetiva possível, já que são as bases e as razões de existência dos referidos órgãos.

Asseverar ou tentar subestimar (muito comum nos pensamentos acadêmicos e de desavisados de plantão) que “não existem mentes competentes e isentas” dentro das organizações policiais capazes de apontar saídas para a situação em apreço, justamente pelo preconceito oriundo da idéia do “corporativismo existente dentro das organizações policiais”, é tentar de forma redundante subjugar pessoas e profissionais que, mesmo tendo vínculos com mencionadas forças policiais, com certeza entendem as perfeitas, necessárias e imprescindíveis mudanças no Sistema de Organização Policial do Brasil, principalmente dentro do conceito nacional em voga de se promover “Segurança Pública com cidadania”, tão pregado pelo Governo Federal através do Programa Nacional de Segurança Pública com Cidadania – PRONASCI/SENASP-MJ, onde, um conjunto de investimentos em estruturas humanas e materiais a curto e médio prazos precisam ser postos em prática nas gestões policiais nesse país afora de maneira efetiva e institucionalizada, já que praticamente o que vemos são programas sazonais de governos locais e até mesmo díspares, prontos para nascerem e com datas certas para morrerem em razão dos períodos eletivos pertinentes. Residindo aí, também, ponto sensível a se repensar aludida situação com a penalidade máxima de voltarmos sempre a estaca zero e precisarmos sempre recomeçar todas as ações, porém com novas infelizes denominações. E esse ciclo se repete tristemente anos a fios...

E o pior, para as mentes aguçadas e comprometidas com as instituições por que fazem formalmente partes, terminam se obrigando pelas circunstâncias a se calar diante das medíocres resistências internas (muito comum na luta por espaço dentro das organizações, olvidam que são passageiros e fragmentados) e preconceitos externos já não latentes, restam-lhes adentrar na “sociedade dos poetas mortos”, até que um dia, sejam ressuscitadas das cinzas produzidas pela ignorância, egoísmo, apego ou pobreza espiritual de cada membro pertencente às organizações policiais que, de formas direta, indireta, adormecida ou propositalmente, contribuem para que o caos orgânico policial brasileiro permaneça da forma que está, geralmente mediante uma insensibilidade tamanha, reveladas, às vezes, sejam no mal atendimento aos contribuintes brasileiros ou deixando de atendê-los ao inverterem valores de prestação dos serviços públicos propriamente dito. E o mais grave: só não querem servir de vidraças diante do clamor da sociedade brasileira nesses últimos anos de desespero externado pelo aumento vertiginoso da violência criminal, tomado conta nas diversas capitais brasileiras, já que arranjam inúmeras desculpas como forma de safarem de uma co-responsabilidade diante do caos por que vivemos cotidianamente neste país.

No fundo o mais fácil e cômodo são alguns profissionais do Sistema de Segurança Pública repassar a responsabilidade para um terceiro despersonalizado e ausente socialmente que é o Estado Brasileiro ou suas formas de gestões federativas estaduais por não criar, despertar ou temer produzir memória para que suas organizações policiais promovam mudanças definitivas e promissoras que venham a fazer parte do contexto organizacional policial no Brasil, sobretudo dando-se autonomia administrativa, financeira e política às mesmas para que, pelo menos em médio prazo, a sofrida patroa de todos volte a assimilar confiança no aparelho de segurança pública em virtude do completo sentimento de desamparo institucional hoje bastante presente, face aos descasos por que ainda se fazem em todas as organizações que compõem o Sistema de Segurança Pública brasileiro, embora, e muitas vezes, por verdadeiras omissões, somos culpados em não queremos assumir nossa contribuição diante do mau desenho de gestão das polícias brasileiras nesses últimos anos, como dantes já expostos.

Sebastião Uchoa – Delegado de Polícia Civil do Maranhão, membro da Diretoria Executiva da ADEPOL/MA e atual Diretor Geral da Academia Integrada de Segurança Pública AISP/SSP-MA

sexta-feira, 19 de junho de 2009

Caminhos da Vida

Não poderia deixar de publicar essa grandiosidade de sensibilidade, percepção e bem-querer expressado por uma pessoa que faz...É uma lição que precisamos ficar atentos para evitarmos sempre devolver o mal com o mal, mas com o bem imitando as resistências do Cristo nosso Senhor...

Caminhos da Vida

Por Violeta Uchoa

Às vezes, a vida se mostra para nós como uma estrada
Contendo caminhos inesgotáveis de aperfeiçoamento
Por vezes, passamos por pastagens prósperas
Por alamedas belíssimas para contentamento
De nossos corações.
Outras vezes, o Pai permite que adentremos
Em caminhos pedregosos e tortuosos
E nesses, encontramos a figura do medo
Da incompreensão, da falsidade e do desamor
Infelizmente, tão peculiar à espécie humana.
Não te atormentes, o Pai é sábio
Precisamos nos defrontar com os desafios
Eles se tornam úteis em nossas vidas
Para testar nossos medos
E a nossa resistência na busca do bem.
O mal não dura para sempre
Mesmo nos caminhos de trevas
A luz da VERDADE um dia se fará presente.
Principalmente para aqueles que pautam suas vidas
Em trilhas de Amor, de Bondade e de Seriedade.
Mesmo quando a chuva cai
Ela se faz nescessária
Para fazer brotar a semente.
Por isso, apesar das tormentasNunca deixe de alimentar as sementes em seu coração
As sementes da Bondade, da Tolerância, da Compreensão
E do Amor de Deus que existe em você.
Pois, com certeza, no dia seguinte
O sol da JUSTIÇA voltará a brilhar com toda a sua intensidade.
E nossos irmãos "desavisados" um dia acordarão
E com a Graça Divina pedirão perdão ao Pai
Por espalharem pelo caminho as pedras da maldade.
Enquanto esse dia não chega
Não deixemos que as pedras deixadas no caminho
Consigam atingir as nossas almas.
Sejamos pessoas sábias e serenas
Para vencermos as tormentas do caminho
Sem perdermos de vista a direção certa
Que, com certeza, nos levará ao caminho mais seguro
Onde encontraremos a verdadeira Paz
E o Amor de Deus Nosso Pai.

Violeta Nunes Botêlho Uchôa
Publicado no Recanto das Letras em 21/04/2008