sábado, 2 de abril de 2011

SSP discute conduta dos profissionais ligados ao movimento GLBTT


SSP discute conduta dos profissionais ligados ao movimento GLBTT

Com o objetivo de analisar e discutir a conduta e o comportamento dos transexuais e travestis que trabalham à noite em ruas e avenidas de São Luís, a Secretaria de Segurança Pública (SSP), por meio da Superintendência de Polícia Civil da Capital (SPCC), promoveu uma reunião entre os supervisores dos centros integrados de Defesa Social (Cids) e representantes da população GLBTT (Gays, Lésbicas, Bissexuais, Travestis e Transexuais) de São Luís. O encontro ocorreu na manhã desta segunda-feira (21).

No encontro, foram tratadas a formulação de ações educativas a serem desenvolvidas pelos vários segmentos e que visem um saudável convívio social. “Planejamos essa reunião após a polícia receber uma série de reclamações de pessoas que trafegavam em ruas de São Luís. Segundo as reclamações, algumas profissionais estavam expondo partes íntimas. Todos precisam entender que as ruas da capital são locais públicos e que devem ser utilizados de forma correta”, explicou o delegado Sebastião Uchoa, superintendente de Polícia Civil da Capital.

Ainda segundo o delegado, a pessoa pode ser presa por expor partes íntimas. De acordo com o superintendente, o bairro da Forquilha e as Avenidas São Luís Rei de França e Guajajaras são os locais mais citados nas denúncias.

Durante a reunião, os delegados solicitaram aos representantes GLBTT um relatório com o quantitativo de profissionais que trabalham à noite na capital. Os coordenadores dos grupos informaram que, no momento, têm apenas um mapeamento sobre os principais pontos onde estes profissionais se concentram.

Medidas

Entre as medidas a serem adotadas, será planejada uma ação informativa voltada para os profissionais. No trabalho, os representantes do Grupo Lilás irão a campo para conscientizar sobre a não exposição do corpo. “Já nesta semana realizaremos uma visita in loco nos pontos onde existem essas profissionais. Queremos conscientizar cada uma para o fato de que ao expor o corpo, ela também se expondo moralmente, colocando em risco sua própria vida, pois esse comportamento pode aumentar os crimes de homofobia”, ressaltou Babalu Rosa, coordenadora do Grupo Lilás.

Ficou acordado, ainda, que no próximo dia 5 de abril acontecerá uma nova reunião para avaliar o resultado após as primeiras semanas de trabalho educativo. Será definida posteriormente uma data na qual a polícia irá acompanhar os trabalhos da coordenação dos grupos, verificando se houve uma mudança de atitude nestes pontos.

Paralela as ações de conscientização, a coordenação dos grupos promoverá reuniões periódicas com as profissionais também a fim de levar a importância da valorização moral.

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