domingo, 7 de agosto de 2011

Polícia Civil concluiu mais de 1,5 mil inquéritos no 1º semestre





Além do número expressivo de investigações concluídas, a Superintendência de Polícia Civil da Capital mostra também a evolução das atividades no período, como combate ao tráfico de drogas


De janeiro a junho deste ano, os Distritos Policiais e as Delegacias Especializadas da capital enviaram 1.543 inquéritos à Justiça. Os números representam o total de investigações concluídas no período. Os dados são frutos de um levantamento realizado pelo setor de estatística da Delegacia Geral, em conjunto com a Superintendência de Polícia Civil da Capital (SPCC), da Secretaria de Segurança Pública (SSP).

Além dos inquéritos remetidos, as delegacias da Grande São Luís enviaram ao Poder Judiciário 1.282 Termos Circunstanciados de Ocorrências (TCOs). Nesse mesmo período, foram cumpridos 214 mandados de prisão e realizadas mais de 700 atuações em flagrante e sete mil audiências públicas e de conciliação. O balanço mostra que a polícia realizou 187 operações em atuação isolada ou em conjunto com outros órgãos. Estas ações que integraram em grande parte o Programa Polícia Civil nas Ruas, que visa coibir práticas criminosas, entre elas o combate à poluição sonora. Todo esse trabalho resultou na criação do Plantão Especial de Polícia Judiciária de Repressão Qualificada à Poluição Sonora. O plantão funciona nas dependências das delegacias especiais de Diversões Públicas e Costume (DDPC) e do Meio Ambiente (Dema).

Equipes policiais com o apoio dos Centros Integrados de Defesa Social (Cids) percorreram diversos bairros da capital aos fins de semana, trabalho esse elogiado pela população, que surtiu grandes efeitos, principalmente no período pré-carnavalesco.

Entorpecentes - Foram realizadas ainda operações contra o tráfico de entorpecentes, como a ocorrida em abril no bairro João Paulo, na qual 34 pessoas foram conduzidas ao 2º DP e à Academia de Polícia para receber assistência psicossocial. O 7º (Turu), 9º Distritos (São Francisco), e a Polícia Interestadual (Polinter) concluíram todos os inquéritos instaurados este ano.

A Delegacia de Homicídios concluiu no primeiro semestre cerca de 100 inquéritos. Outras delegacias como o 1º DP (Centro), da Cidade Operária (Decop), Delegacia do Adolescente Infrator (DAI), entre outras, também apresentaram um grande número de inquéritos encaminhados à Justiça.

A Delegacia Especializada da Mulher (DEM) protocolou 269 medidas protetivas de urgência, sendo quase 44 por mês. Do total dos mandados de prisão cumpridos pela Polícia Civil, só a Polinter executou 50 destas determinações judiciais.

O 5º DP (Anjo da Guarda) e do Maiobão realizaram 16 e 14 mandados, respectivamente. Foram contabilizados ainda 756 atos de prisões em flagrante. Nesse tipo de ação, traficantes, assaltantes, homicidas foram detidos pelas forças policiais no momento em que cometiam os crimes.

De acordo com o delegado Sebastião Uchoa, superintendente de Polícia Civil da capital, os números são bastante significativos.

“Trata-se de dados bastante positivos. Esses números em comparação ao mesmo período de janeiro de 2009 a junho de 2010 apresentaram um salto significativo, fruto também de trabalhos em parceria com as superintendências de Polícia Civil do Interior (SPCI), de Investigações Criminais (Seic) e até com a Polícia Militar. Paralelo aos trabalhos de repressão realizamos ainda ações educativas em diversos pontos da capital com o apoio de outros órgãos estaduais e municipais”, ressaltou.

Segundo o superintendente de Polícia Civil da Capital, foram feitas 7.383 audiências dos mais variados assuntos e 535 audiências de Bom Viver. Das mais de sete mil, o distrito do São Cristóvão (11ºDP) realizou 714. Com estas audiências de conciliação, a Polícia Civil conseguiu solucionar conflitos como brigas de vizinhos, desentendimentos no trânsito, conflitos de poluição sonora, entre outros, sem que as ocorrências se tornassem inquéritos.

Região Metropolitana

As delegacias que funcionam em Paço do Lumiar, Raposa, Maiobão e São José de Ribamar também apresentaram uma atuação relevante nos seis primeiros meses deste ano. No total, essas quatro delegacias foram responsáveis pela abertura de 362 inquéritos e TCOs, bem como de 1.444 audiências para tratar sobre os mais variados delitos e problemas ocorridos em suas cidades. Para o segundo semestre, conforme sinalizou Uchoa, a Polícia Civil vai atuar fortemente no combate à poluição sonora, fiscalizações e tráfico de drogas nesses municípios.

Cids

A partir das mudanças organizacionais na estrutura funcional, os Centros Integrados de Defesa Social (Cids) passaram a interagir em diversas atividades, especialmente em proteção ao cidadão. Operações como Fumaça Veneno, que já apreendeu mais de 10 mil carteiras de cigarro e produtos falsificados em diversos bairros; a de apreensão de máquinas caça-níqueis, a de fiscalização nas feiras e postos de vendas de gás de cozinha, de combate às drogas, reuniões com os conselhos comunitários de segurança nos bairros, entre outras, são exemplos de ações preventivas deflagradas por estes órgãos no primeiro semestre.

Ações preventivas também estão nos planos da SPCC

Aliadas às ações de repressão, a Superintendência de Polícia Civil da Capital (SPCC), promoveu inúmeros encontros com representantes de diversas categorias e segmentos sociais a fim de desenvolver políticas públicas voltadas para a resolução das problemáticas de segurança na Região Metropolitana da Ilha de São Luís.

Entre as ações está a ocorrida no último mês de abril, que disciplinou e readequou a postura do grupo LGBT (Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis, Transexuais e Transgêneros) frente à população. Na ocasião, foi feito um trabalho preventivo de conscientização sobre a necessidade do respeito e a exposição de partes íntimas do corpo.

Outra atividade de iniciativa da SPCC foi a regulamentação da atividade dos guardadores de veículos de São Luís. Em diversos encontros, a SPCC, em parceira com órgãos estaduais e municipais, traçou metas e estratégias para regulamentar os profissionais que trabalham vigiando carros em São Luís.

“Para o grupo LGBT, confeccionamos uma cartilha educativa e entregamos ao grupo. No folder havia esclarecimentos sobre o crime de Ultraje Público ao pudor. Em algumas destas ações fomos os pioneiros da Região Nordeste. Por exemplo, a regulamentação dos flanelinhas, o Estado do Ceará já desenvolveu ações de mesma natureza”, comentou o delegado.

As casas lotéricas também discutirão com a Superintendência Estadual de Investigações Criminais (Seic), a Delegacia de Roubos e Furtos (DRF), os quatro supervisores dos Cids e o Comando de Policiamento Metropolitano (CPM) um plano de ações conjuntas para coibir os assaltos na Grande São Luís, bem como estudar a criação de um Núcleo especial de Resposta às Ocorrências específicas envolvendo esses estabelecimentos.

Obs: Matéria extraída do Jornal O Estado do Maranhão + ASCOM/SSP com acréscimos do bloguista.

Nenhum comentário:

Postar um comentário